terça-feira, 12 de março de 2013

O Balanço

O título é simples, diria que até evoca uma certa ingenuidade típica dos títulos das "redações/ composições" daquelas que a Tia da 1ª série mandava a gente fazer na volta das férias, lá nos anos 80, naquela cartilha, Vivina e Fafau. Mas grandes escritores, compositores já recorreram à simplicidade para escrever belas obras (lembro agora de Toquinho com seu "caderno"), a simplicidade guarda a beleza!
O balanço, que muitas vezes embalou minha infância, me faz companhia todos os dias da semana. Já faz parte da minha rotina. E eu pensava em escrever algo sobre ele, das vezes que o olhar do menino-moleque que mora dentro do meu coração brilha quando o vê, ali, balançando pelo vento ou depois que alguma criança, que estava brincando nele, o deixa ali comigo.
Seria um texto meu, mas ao postar essa vontade de escrever sobre o balanço no facebook e receber vários comentários, nada mais justo do que postar o texto organizado por Mauro Cabano Juventude a partir dos comentários meus e de Cássio Mendes, o que, traduziu bem o que se passa na minha cabeça, todos os dias, na companhia do companheiro balanço.

Um dia ainda escrevo sobre esse balanço que embala as crianças todos os dias. 
Aqui da minha janela o vejo solitário a balançar movido pelo vento das minhas memórias e num impulso com desejo de alcançar o céu sou embalado e invadido por lembranças que me transportam para a minha infância, e ao voltar, me vejo só em minha sala.
Viro a cabeça e lá está ele a balançar, balançando sozinho, pelo vento, a espera de uma criança que o devolva o sentido. De embalar os sonhos infantis. De balançar tão alto até alcançar o infinito...
(Mauro Cabano Juventude, Cássio Mendes, Fábio Silva)

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